Preços das casas devem subir 6% anualmente nos próximos 5 anos


Os mediadores e promotores imobiliários antecipam uma subida média anual de 6% nos preços das casas em Portugal (Continental) nos próximos cinco anos. A escassez de oferta face a uma procura crescente é apontada pelos operadores do mercado como o principal factor para a limitação da actividade transaccional e para a pressão sobre a subida de preços.

Estas são as principais conclusões do Portuguese Housing Market Survey (PHMS) de Novembro, um inquérito de confiança e expectativas do sector imobiliário realizado mensalmente pelo RICS e pela Confidencial Imobiliário (Ci).

Esta é a preocupação de quase todos os mediadores que participam no inquérito e é algo que se verifica quer no mercado de compra e venda quer no de arrendamento”, confirma Ricardo Guimarães, diretor da Ci, que acrescenta: “Contudo, os últimos números da Confidencial Imobiliário apontam para um forte aumento dos novos projetos residenciais em pipeline. Em termos homólogos, verificou-se uma taxa de crescimento de 66% nos projetos habitacionais em licenciamento na região de Lisboa, como o aumento a situar-se nos 82% no Porto. As novas construções vão certamente aliviar a pressão sobre os preços e ajudar a estabilizar o mercado”.

Já para Simon Rubinsohn, Economista Sénior do RICS, as expetactivas do sector são animadas também pelo contexto económico: “A economia portuguesa registou uma sólida recuperação nos últimos trimestres e 2017 terá sido mesmo o ano com o maior crescimento de última década. As perspectivas para 2018 são igualmente positivas e o crescimento do emprego, associado à baixa inflação, deve continuar a fornecer uma base sólida para o consumo e a garantir que o cenário para o desenvolvimento do mercado residencial se mantem favorável no futuro”.

Quanto ao mercado de compra e venda de casas, o PHMS de novembro mostra que os inquiridos do PHMS continuam a reportar um aumento de procura – apesar de um ligeiro abrandamento no ritmo de crescimento-, uma subida nas vendas e a queda das novas colocações de imóveis em oferta no mercado, que recuaram em novembro pelo oitavo mês consecutivo. Neste mês, a subida dos preços manteve-se forte em todas as regiões (Lisboa, Porto e Algarve), embora apenas o Porto tenha registado uma aceleração no ritmo de crescimento.

Também no arrendamento, a dinâmica da procura por parte dos arrendatários se manteve forte em Novembro – ainda que ligeiramente mais suave –, enquanto a oferta decresceu ao ritmo mais rápido do último ano. Tal movimento fez com que as rendas mantivessem a sua trajectória de subida e com que as perspetivas a curto-prazo apontem para a continuação do aumento nos valores.

Fonte: Diário Imobiliário

Leave a comment